terça-feira, 22 de março de 2011

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Heroína- Aborto Elétrico



 Heroína

Eu não quero mais viver
Eu não quero mais viver
Eu não quero mais viver
Eu não quero mais viver
Eu quero ser um vegetal
Eu quero ser um vegetal
Eu quero ser um vegetal
Eu quero ser um vegetal
Nada
Não sinto nada
Não tenho nada
Não faço nada
Eu quero ser um vegetal
Cortar meus pulsos com uma gilete
Eu quero uma faca
Tomar comprimidos pra dormir (2x)
E não acordar
Nada
Não vejo nada
Não ouço nada
Não espero nada
Eu não quero mais viver (4x)
Eu quero ser um vegetal (4x)
Nada
Não sinto nada
Não tenho nada
Não faço nada
Nada
Não quero nada
Não vejo nada
Nada
Nao quero nada
Nada
Não quero nada

Esta foi a postagem número 40, em homenagem ao Aborto Elétrico e ao mesmo tempo ao Legião Urbana e Capital Inícial.

Ave !!!

domingo, 20 de março de 2011

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Penumbra

Estou perdendo a vontade de viver,

Nada me motiva,

Venho me arrastando por florestas e cidades

Na penumbra


 

Não tenho mais medo, apenas tristeza

Mas vezes sinto-me como se não a tivesse também

Estou perdendo todos os sentimentos

Estou ficando oco, uma casca digna de pena.


 

Calígula Scipio

20 de março de 2011

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Rosa da Noite


Sua pele é branca como a névoa
Seu corpo é belo e perfeito
Ele está envolvido pelas rosas,
Vermelhas como seus lábios!

Doce virgem. Ilumina minha alma, obscurecida
Sua divindade e sua pureza são inigualáveis
Meu corpo necessita de sua luz, mas eu tenho medo
Medo de minha alma e dos meus sentimentos

Eu gostaria de escapar disso tudo
Que pudesse me libertar
Que eu pudesse retornar de onde vim
Assim a noite seria meu ultimo lar

Calígula Scipio
20 de março de 2011


quinta-feira, 17 de março de 2011

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Ouro Negro


Os portões do inferno se abrem
O ouro negro é a chave para a carnificina
Os corpos começam a fazer pilhas
Carne podre por todos os lugares

Homens motivados pelo combustível
Usam de seu poder para a destruição
As chamas tomam as cidades
As cidades são o próprio inferno




Calígula Scipio
12 de março de 2011

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Tumulo

A morte está agora em todos os lugares
Ela beija meus lábios enquanto meu corpo esfria
Estou tão isolado
Ninguém vem até mim para o ultimo adeus

Homens trajando negro levam meu corpo
O tumulo, minha ultima morada,
Ela me aguarda
Continuo sozinho aqui embaixo
E nunca mais verei seus olhos novamente

Calígula Scipio

10 de março de 2011

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Nobreza de Cinzas

Mascaras cobrem seus rostos
Suas identidades não existem mais
São apenas sátiras de suas vidas
Os plebeus agora são os monarcas,
Estúpidos opressores

Então, a fogueira anuncia o fim da vida de luxos
O fogo anuncia o fim da diversão
O fogo anuncia o recomeço do sofrimento
O fogo anuncia o retorno dos lideres


Calígula Scipio
2 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

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Sem descanso

Os mortos não repousam tão facilmente
 Eles ainda tentam resolver o que deixaram
Pobres almas infelizes e perdidas
Suas vidas foram tão desgraçadas
Que suas mortes só fizeram aumentar o sofrimento

 A podridão dos seus corpos só mostra o tempo que passou
Mas o sofrimento permanece até agora
Lembram-se daquelas mulheres que conheceram
Cascas sem alma que os conduziram ao inferno terreno
Muitos não agüentaram a solidão...

Calígula Scipio
5 de março de 2011