terça-feira, 2 de agosto de 2011

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Refletindo

  É complicada a idéia de que somos diferentes, honestamente quem diz que gostaria de não ser igual está mentindo. Roupas, cabelos ou talvez maquiagens? Isto é fácil de fazer, o difícil é não conseguir enquadrar-se em algum meio, todos nós queríamos poder encontrar semelhantes, todos queremos ser iguais a alguém, a algum grupo, mas isso é tão difícil para algumas pessoas.
  A sensação que você parou no tempo é tão triste, sabem de uma coisa? Seria melhor para todos que me conhecem me deixarem, sem pedras, sem amarras, apenas deixem-me. Claro, isso parece um “coitadismo”, mas não é, sim, passei a imagem de coitado para muitos, na verdade apenas queria alguém para poder conversar, para eu dizer como estava me sentindo. Então nós por dentro começamos a nos sentir incomodados, uma sensação de vazio, que vai crescendo, os abusos crescem, a solidão cresce e então olho para traz e digo: “Eu era feliz.”
  Bem, felicidades infantis são tão idiotas, mas puras, elas precisam de brinquedos ou jogos, elas se divertem com pouco. A maturidade chega, não existem mais fantasias, vemos como o mundo é um lixo, ele quer te derrubar, muitos conseguem superar a ofensiva e eu não consegui.
  Arrependo-me de não ter aproveitado mais, tenho 16 anos e não aproveitei o sonho adolescente, aproveitei medicamentos em geral, aproveitei a fuga da realidade, consegui esgotar minhas amizades e minha vida. Atualmente não quero fazer mais nada, eu gostaria de sentar em uma cadeira e apagar, esquecer tudo, preferia ainda que deixassem a minha lembrança virar cinzas, seria mais fácil, menos sofrido. Menos infeliz.

Calígula Scipio
2 de agosto de 2011

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