Estás todo em ti, mar, e, todavia,
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!
Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.
És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sente...
Que plenitude de solidão, mar solitário!
Juan Ramón Jiménez, in "Diario de Un Poeta Reciencasado"
Tradução de José Bento
sábado, 19 de fevereiro de 2011
0Solidão
Postado por
Caligula Scipio
às
00:07
Artigos Relacionados:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Comentários:
Postar um comentário