segunda-feira, 4 de outubro de 2010

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Álcool e Sangue

 Reconciliação não existe, apenas é um impulso. Tento me desculpar, mas acho isso ridículo e tento me virar de todas as formas. Estou trabalhando, comprei um carro, uma garrafa de vodka e uma arma. Estou pensando em largar o emprego, dirigir em alta velocidade com a vodka descendo pela garganta e por ultimo explodir minha cabeça. Isso é idiotice, isso não vai ajudar nem a mim nem a ninguém, vai ser apenas uma forma de ser esquecido no tempo.
 São três horas da madrugada, estou com insônia e não adianta eu fazer nada para dormir, já tomei vários comprimidos, desde anestésicos até remédios para alergias, nada adianta, agora estou pensando em tomar aquela garrafa de vodka, mas talvez os comprimidos me façam ter uma parada respiratória por causa do álcool.
 Já é meio dia, finalmente eu consegui dormir, agora vou pegar minhas chaves do carro e ir até a praia treinar minha pontaria com minha arma, minha mira esta melhorando e estou conseguindo acertar uma lata de refrigerante. Sai daquele lugar deserto depois de gastar uma caixa de balas, estou voltando para casa, mas gostaria de ficar nas ruas, beber em um bar e dormir em uma praça, mas isso é idiotice.
 São sete horas da noite, no dia seguinte irei começar a trabalhar, minha licença expira e estou inconformado, não sei por que ainda continuo, acho que não sei fazer outra coisa. Minhas mãos estão firmes, consigo dormir perfeitamente e não tenho mais a garrafa de vodka.  Tenho ainda medo e receio, mas estou me acostumando, minha profissão é difícil e cruel, mas faz algo pela sociedade, mas isso é apenas um ponto de vista. Mas ainda não sei se quero viver e voltar para casa ou morrer no asfalto, trabalhando.
Calígula Scipio
20 de setembro de 2010

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