sábado, 11 de setembro de 2010

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Sangue e Sangue

  A noite cai, o sangue correm pelas montanhas geladas, os corvos se aproximas em uma velocidade surpreendente para devorar os corpos estendidos pelo chão coberto de gelo. Os gritos ecoam pala madrugada enquanto milhares de passos rápidos são ouvidos atrás da montanha e um grito ensurdecedor de milhares de homens armados. Eles sabem que vão morrer, eles sabem que vão matar seus sentimentos já não existem mais e a ultima coisa que se lembram foi de deixar suas mulheres e seus filhos em casa enquanto eles fazem seus trabalhos sangrentos.


  O sol nasce e suas respirações são pesadas, eles se preparam para usar seus braços o máximo possível, ver o sangue jorrar em seus rostos cicatrizados. Os mais jovens vão à frente, alguns ainda choram por não verem suas mães e os veteranos verificam suas armaduras e espadas, ele não sentem falta por ninguém e também não tem amigos, pois eles iriam ficar desestabilizados por verem seus amigos novos sendo despedaçados e gritando: “Mãe, mãe...”

  O combate começa, os corações aceleram para bombear mais sangue e levar mais oxigênio as suas células e músculos, e a testosterona aumenta ao longo do caminho ao inimigo. O primeiro contato com a infantaria adversária parece demorar e o tempo desacelera, a física não tem mais sentido, nada tem sentido, a razão não é necessária naquele momento, apenas o instinto de sobrevivência e o sadismo misturado à violência. Eles vão morrer e quase nenhum voltará para casa.



Calígula Scipio

Onze de Setembro de 2010

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